Nelson Rolihlahla Mandela
Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África
do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid,
considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-
africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.
Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a
maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se
matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de
Fort Hare.
Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do
apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma
expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao
Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e
Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.
Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que
apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA,
tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade -
documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.
Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-
africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e
incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que
Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o
que Mandela nega).
No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à
oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das
campanhas anti-apartheid em vários países.
Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a
liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na
prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional
conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do
presidente Frederik Willem de Klerk.
Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.
Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro
presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela
comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando
respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.
Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de
diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções
no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha
presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta
da Índia) e a Ordem do Canadá.
Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do
presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à
campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número
na época em que esteve na prisão.
A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que
ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e
celebridades engajadas nessa luta.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u722.jhtm
Julia Maria , Nathália Araújo e Alana Nicolau
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